A pandemia de Covid-19 e os cuidados realmente necessários

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Está mais do que claro que o novo coronavírus, classificado como pandemia este mês pela Organização Mundial da Saúde, é de risco para toda a sociedade; há, porém, públicos mais suscetíveis a contrair o vírus, mas com precauções que podem ser tomadas por todos, o número de casos pode diminuir.

De acordo com o Ministério da Saúde, até a manhã de 18 de março, estavam confirmados 350 casos de pessoas infectadas pelo coronavírus no Brasil, com uma morte confirmada.

Com notícias diárias sobre o assunto e o número de casos crescendo em todo o mundo, milhares de pessoas ainda estão com dúvidas sobre o que é o novo coronavírus, como se proteger e o que fazer se for infectado. Além disso, muitas pessoas estão espalhando desinformações sobre a doença, o que gera mais pânico entre a população.

Por isso, confira aqui algumas explicações e orientações sobre o assunto fornecidas pelo infectologista do Hospital das Clínicas, Prof. Dr. Marcos Boulos.  

 

Cuidado com o Coronavírus

  • Evitar aglomerações é uma das melhores maneiras de evitar o contágio com a Covid-19

A cada 16 dias, em média, o número de pessoas infectadas multiplica-se por dez vezes. Muitos eventos com grandes aglomerações de público já foram cancelados ou adiados, aulas em escolas e universidades estão sendo canceladas gradativamente, e até mesmo as empresas estão solicitando que seus funcionários façam home office. É muito importante ressaltar que este é um momento de ficar em casa, evitar contato com as pessoas, principalmente com um amigo, vizinho ou parente que tenha viajado para o exterior. Praias, shoppings e parques também devem ser evitados no momento. Quanto mais se evitar o contato social, é muito provável que a pandemia dure menos. Lembre-se: há pessoas com o vírus que não tem nenhum sintoma, e elas podem causar prejuízos à saúde dos mais debilitados.

 

  • Idosos são considerados o maior grupo de risco da Covid-19

A imunidade do ser humano começa a diminuir cerca de 1% ao ano, a partir dos 30 anos – ou seja, quanto menos imunidade, maior o risco de ter doença grave pelo coronavírus. Em idosos que sofrem com doenças respiratórias, diabetes ou pressão alta, a chance aumenta ainda mais.

 

  • Coronavírus é a pandemia de uma gripe

Ele produz uma gripe como as demais, porém mostrou que tem um poder de transmissão maior. Por isso, o termo “pandemia” é usado, para descrever uma ameaça que pode atingir muitas pessoas no mundo simultaneamente.

Em 2009, o vírus da influenza H1N1 atingiu milhões de pessoas ao redor do mundo. Os casos de pandemia acontecem quando os vírus são novos, quando não há defesas naturais, medicamentos ou vacinas para proteger a população.

 

  • Máscaras descartáveis e fabricação caseira de álcool gel

Muitas pessoas têm tido dificuldade de encontrar álcool em gel, mas tentar fabricar o antisséptico em casa não é uma saída. Além de ser um produto que deve conter os elementos necessários para sua eficiência, as misturas caseiras podem dar alergia na pele, e o que era para proteger, pode acabar prejudicando.

Não há problema se a pessoa não está infectada e quiser usar máscara descartável, mas o correto é que use essa proteção quem estiver doente para evitar a transmissão do coronavírus; além disso, os profissionais da saúde também devem usar a máscara descartável, já que ficam próximos a muitos pacientes a todo instante.

 

  • O vírus da doença sobrevive ao verão

O coronavírus sobrevive, sim, a altas temperaturas climáticas. Na China, ele foi encontrado em frutos de mar, que seriam consumidos pelas pessoas – se o alimento for bem cozido, frito ou assado, a temperatura alta do preparo mata os vírus. Porém, quando os especialistas dizem que os vírus morrem em altas temperaturas, não significa que eles não sobrevivem ao verão.

 

  • Os hospitais do país precisam se preparar

A sociedade nunca está preparada para uma pandemia; o sistema de saúde está pronto para casos rotineiros, como os de hipertensão, vasculares, infecções e acidentes, entre outros. Quando ocorre uma epidemia, o objetivo primordial é minimizar os problemas.

O principal grupo de risco, os idosos, pode evoluir muito rápido para o estágio mais grave da doença; para isso, é importante ter uma estrutura mais ágil, com mais leitos de UTI. Em breve, não se utilizará mais exames de testes de coronavírus porque, se sabemos que o vírus está circulando, isso passa a ser desnecessário.

 

  • Vacinas e remédios para tratamento do Covid-19

Não é possível que se tenha uma vacina antes do fim da epidemia; para fazer todo o estudo sobre o vírus e desenvolver uma vacina, demora, no mínimo, 18 meses. Nesse período, a pandemia já acabou no mundo e pode ser até que nunca mais volte. Já um possível remédio não mataria o vírus, mas sim a célula infectada com o vírus.   

 

O HCX Fmusp criou um guia rápido sobre o novo coronavírus: veja como agir em caso de apresentar os sintomas e como se proteger. Cuide de você e de todos à sua volta!

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