Curso de ATLS chega à 10ª edição com atividades dinâmicas

Curso de ATLS 10

Programa de treinamento teórico-prático desenvolvido pelo Colégio Americano de Cirurgiões para médicos que atuam nos serviços de emergência: este é o Curso de ATLS, que chega à sua 10ª edição no HCX Fmusp com mudanças positivas e novidades.

Para quem não conhece, o ATLS tem como objetivo padronizar a avaliação inicial e o atendimento do paciente traumatizado, além de aprimorá-lo dentro dos critérios mais avançados e já adotados por numerosos países desenvolvidos.

O curso de ATLS 10 oferece oportunidades de aprendizado ativo por meio de várias metodologias: demonstrações, discussões de grupo, de sessões interativas de treinamento prático, cenários com doentes simulados, teste escrito e aulas teóricas e práticas.

E a inovação começa justamente neste tópico, na maneira de dar as aulas. “No curso, para cada tópico, terá um caso clínico em que nós daremos ênfase em um item de atendimento; ou seja, na aula que abordar via aérea, serão apresentados os problemas e abordagens para realizar uma discussão interativa sobre o caso entre professor e os alunos, baseado no capítulo”, explica o Prof. Dr. Francisco Collet, coordenador do curso com o Prof. Dr. Edivaldo Utiyama.

O aluno deve ir para o curso ATLS preparado, de maneira que consiga participar do debate sobre cada assunto, diferente de uma aula teórica. De acordo com ele, as aulas teóricas foram substituídas por discussões interativas, exibindo o conteúdo. A parte prática foi agrupada de uma maneia mais lógica, ou seja, será discutido sobre via aérea e ventilação de um paciente adulto e de uma criança – são estações separadas de maneira que a pessoa consiga visualizar melhor e agrupar, e não uma estação prática que faz todos os procedimentos.

“Teremos, ainda, intubação e drenagem de tórax na estação de via aérea ou de acesso, a parte de via ventilatória do paciente. Os procedimentos práticos ficarão agrupados nas estações correspondentes”, comenta Dr. Collet.

ATLS 10: mais claro e interativo

A técnica de executar os procedimentos em algumas estações foi outra grande modificação dessa 10ª edição. O aluno terá a oportunidade de ver outro participante executar um determinado procedimento e, então, irá transmitir como faz o processo e pedir para a pessoa que auxiliou realizar também; e assim sucessivamente, de uma maneira que todos vão ver, ouvir e falar dos procedimentos.

Segundo Dr. Collet, algumas outras orientações que já vinham acontecendo se mantêm, como a reposição volêmica baseada em metas e resultados quando, então, será dada ênfase basicamente ao paciente traumatizado: “O próprio aluno vai repor o volume de sangue que o paciente perdeu, vai observar como ele responde, para saber se tem que aumentar ou diminuir a quantidade”.

Apesar dos procedimentos continuarem sendo os mesmos, a didática do curso foi o ponto principal da atualização, que oferece agora aulas mais claras e interativas.  

Essa especialização é uma ferramenta importante no atendimento do traumatizado que ajuda a melhorar e padronizar a forma de atender, de modo que o médico não se esqueça de nenhum problema do doente se seguir todas as etapas do atendimento. “Ele serve para valorizar esse cuidado”, finaliza Dr. Collet.

Como fazer a Avaliação Inicial do Trauma