As habilidades mais valorizadas no curso de Farmácia

Profissional do curso de Farmácia

Quais são as habilidades mais valorizadas que um farmacêutico deve ter para conseguir uma colocação profissional, ou para melhorar a sua qualidade na organização em que está inserido? Esta pode ser uma dúvida comum de muitos alunos do curso de Farmácia e áreas relacionadas.

Para começar, é importante entender o significado de habilidade: provém do termo latino habilitas e refere-se à capacidade e à disposição para (fazer) algo. De acordo com o Dicionário da Língua Portuguesa da Porto Editora, a habilidade é aquilo que uma pessoa executa com talento e destreza, pode ser uma aptidão inata ou desenvolvida.

Não é novidade que o mercado de trabalho na área de Farmácia está cada vez mais competitivo, certo? Ele exige dos especialistas uma mudança na sua prática e cultura profissional, com atuações gerenciais e envolvimentos nos processos de ensino – e é aí que entra a importância de entender as habilidades, de acordo com Jessé Eduardo Bispo, coordenador do Curso Técnico em Farmácia no HCX Fmusp.

“Independentemente da nossa escolha e dos passos que pretendemos seguir em relação à carreira, é muito importante que desenvolvamos as nossas habilidades profissionais, de modo a estarmos sempre preparados para as mudanças que o mercado pode exigir”, ressalta.

Diante deste cenário, Jessé, que está diariamente em contato com profissionais da área, se inteirando sobre as tendências e inovações do setor, pesquisou e percebeu de forma sucinta as necessidades atuais das organizações, sejam elas públicas ou privadas, para compartilhar um pouco sobre as habilidades que o mercado exige.

“Para começar, dominar o conhecimento da área de gestão é um dos maiores destaques do profissional de Farmácia, assim como dominar as leis dessa área de atuação, pois regulamentam as atividades relacionadas à saúde”, comenta.

De acordo com o especialista, como os produtos envolvidos não se resumem a quaisquer bens de consumo, é preciso seguir as determinações impostas pela justiça; afinal, fiscalizações são realizadas periodicamente, com o objetivo de detectar e punir irregularidades de ordem legal. Portanto, para fazer uma boa gestão de Farmácia e evitar complicações, é imprescindível conhecer e ter atenção às questões legais.

Curso de Farmácia: gerir, empreender e liderar

Um papel importante, destacado por Jessé, é o de saber gerir pessoas – afinal, em tempos atuais, aqueles que praticam a verdadeira liderança tendem a se destacar e sair na frente da concorrência.

“Um bom líder é aquele capaz de expressar a clareza do próprio pensamento, o que inclui saber explicar o que e como deve ser feito e, principalmente, qual a importância da tarefa, numa escala de relevância ou prioridades”, afirma.

E saber empreender? Essa também é uma habilidade essencial! Empreendedorismo é a capacidade e disposição para conceder, desenvolver e gerenciar um negócio de modo a obter lucro – ele explica: “Também, em vez do lucro, podemos colocar que o objetivo do empreendedor na área da Farmácia é criar valor, gerar impacto positivo — que pode ou não resultar em ganhos lucrativos”.

Competências do técnico em Farmácia

“Estude muito, dedique-se ao máximo antes de enfrentar reuniões, apresentações ou outros momentos de protagonismo. Pular a preparação é deixar muito espaço para o acaso e para possíveis falhas”, orienta Jessé.

O comprometimento também não deve ser esquecido pelo profissional da Farmácia. Ele conta que estar comprometido significa criar uma ligação forte com a cultura organizacional da empresa em que trabalha e com os valores em que ela acredita. Ao desenvolver esse elo, o colaborador automaticamente passa a desempenhar uma atitude pró-ativa em relação aos projetos da empresa, propondo novas ideias e se empenhando com todo afinco para que as metas sejam cumpridas.

Um bom profissional no setor farmacêutico também precisa dominar a arte de ouvir, e isso significa ter paciência e tolerância com o outro, e não apenas escutar quem está ao lado ou acompanhar o raciocínio de alguém – é preciso perceber, compreender e, principalmente, respeitar opiniões divergentes. “Essa regra deve valer para todas as relações num ambiente corporativo, no qual pessoas diferentes precisam conviver diariamente, afinal passamos mais tempo com os colegas de trabalho do que com a própria família”, ressalta.

Por fim, para ele, o farmacêutico precisa ser capaz de articular ideias, afinal, escrever ou falar sobre um assunto do qual não se tem conhecimento é uma tarefa difícil – quanto mais inseguro o especialista, mais a preparação se faz necessária.

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