A importância dos cuidados pós-parada cardiorrespiratória

parada cardiorrespiratória

As condições cardiorrespiratórias e a ressuscitação são assuntos muito amplos. Além da identificação de caso, risco e estabilização do paciente, há cuidados pós-parada cardiorrespiratória que são essenciais para que o paciente tenha uma excelente recuperação e qualidade de vida.   

As doenças cardiovasculares são responsáveis pela maioria dos óbitos no Brasil – cerca de 1 morte a cada 90 segundos -, de acordo com o Cardiômetro, da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Entre esses casos, a parada cardiorrespiratória é uma das condições que pode levar o paciente a óbito, e é a manobra bem sucedida de ressuscitação cardiopulmonar que pode ajudar a diminuir essa estatística. 

“O sucesso da ressuscitação cardiorrespiratória depende da busca contínua de melhoria no sistema de atendimento, como estrutura, pessoas, educação continuada, equipamentos necessários, protocolos, políticas e procedimentos, com a cultura organizacional, programas e um sistema que esteja sensibilizado perante a condição de parada cardiorespiratória”, orienta o Prof. Dr. Sergio Timerman, cardiologista do InCor e diretor do Centro de Treinamento em Emergências Cardiovasculares e Ressuscitação.  

O especialista reforça como uma ressuscitação de qualidade é primordial para salvar a vida do paciente e evitar possíveis sequelas e complicações. “Nós sabemos que, se atingirmos uma fração de compressão menor do que se espera, evitando apoiar-se em cima do tórax, vamos melhorar a efetividade das compressões cardíacas”, explica o Prof. Sergio. 

O essencial pós-parada cardiorrespiratória

Os cuidados pós-ressuscitação são voltados para quadros que podem diminuir a disfunção neurológica, a insuficiência ventricular e a síndrome de disfunção dos múltiplos órgãos. No ambiente hospitalar, é essencial ter o suporte 24 horas, 7 dias por semana, com equipes preparadas para receber o paciente que retorna à circulação espontânea. 

“No momento em que o paciente chega ao hospital após uma parada cardiorrespiratória, ou tem uma parada no hospital e a equipe não está preparada para atender estes problemas que ocorrem no pós-ressuscitação, a possibilidade do paciente sobreviver é mínima. Temos que ter equipes e ambientes preparados neste momento”, orienta o professor.

A corrente de sobrevivência, proposta pela American Heart Association, é um conjunto de procedimentos que visa salvar a vida do paciente com parada cardiorrespiratória e tem elos importantíssimos para a atenção pós-parada e ressuscitação cardiorrespiratória. 

“A corrente de sobrevivência sofreu uma evolução nos últimos 20 anos. Em 2000, quando foi publicada, tínhamos quatro elos fundamentais: reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência, ressuscitação imediata, a rápida desfibrilação e a chegada do serviço médico básico e avançado de emergência. Em meados de 2015, houve uma atualização em que foi colocado um quinto elo, que é muito importante: o elo pós-parada cardiorrespiratória. Mais recentemente, tivemos um sexto elo: serviço especializado para recuperação do paciente”, conta o Prof. Sergio.

Curso de ACLS

Assistência de qualidade, estrutura, equipamentos e capacitação do especialista sempre são essenciais para oferecer um atendimento de qualidade dentro do ambiente hospitalar. Esse conjunto ajuda a diminuir riscos ao paciente e melhora a recuperação pós-parada cardiorrespiratória

O curso de ACLS – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia, coordenado pelo Dr. Sergio Timerman, tem a certificação da American Heart Association e foco especial em ações para reconhecimento e intervenção da parada cardiorrespiratória e cuidados pós-ressuscitação. Acesse o site do HCX e confira mais detalhes sobre o treinamento.