Entenda o papel do médico emergencista

Médico Emergencista em atividade

O médico emergencista se propõe a atender diversas condições desde que necessitam de avaliação rápida. A qualificação nessa especialidade é associada a melhores desfechos e redução de riscos em departamentos de emergência e pronto-socorros.

O especialista em Medicina de Emergência se prepara para casos de alta complexidade e doenças que podem levar o paciente a óbito rapidamente incluindo casos de parada cardíaca inespecífica. Também inclui o atendimento de acometimentos de menor acuidade, mas que motivam os pacientes a procurar o pronto-socorro.

“Mesmo nesses atendimentos ditos corriqueiros, podemos encontrar pessoas que precisam de atendimento emergencial. Faz parte do treinamento da medicina de emergência saber identificar os sinais de alerta e fazer o tratamento emergencial para esses pacientes” explica o Prof. Dr. Julio Marchini, Supervisor do Programa de Residência Médica em Medicina de Emergência da FMUSP e um dos coordenadores do Curso de Medicina de Emergência do HCX.

No plantão a prioridade é a identificação rápida de pacientes em estado grave ou que podem evoluir facilmente para um estado crítico. “É priorizada a estabilização do quadro do paciente, permitindo o tempo necessário para identificar o acometimento e seu manejo inicial”, comenta o Professor.

Onde o Médico Emergencista trabalha? 

O campo do médico é o departamento de emergência. Não é uma especialidade em que há o acompanhamento do paciente, seja ambulatorial ou na internação – após o atendimento inicial, o paciente é encaminhado para outro especialista. “As principais queixas que levam o paciente ao departamento de emergência são: dor torácica, infecção de via aéreas, infecção urinária, cefaléia, diarréia e dor abdominal”, conta Dr. Julio.

Especialidade nova no país, a Medicina de Emergência passou a ser reconhecida a partir de 2015 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), e ainda tem um número muito pequeno de profissionais atuando, de acordo com a Demografia Médica no Brasil de 2020: são 52 especialistas titulados e 239 residentes.

A incorporação do especialista no modelo de atendimento de pronto-socorro ainda é um dos maiores desafios. “Em muitos estabelecimentos de saúde não há sequer uma área destinada ao atendimento de emergência. É um grande desafio contribuir para que um dia possamos oferecer um atendimento de emergência de excelência por toda a extensão de nosso país”, ressalta Dr. Julio.

Curso Medicina de Emergência USP 

Muitas doenças e condições podem levar um paciente até um pronto-socorro. Por isso, o especialista tem o desafio do diagnóstico rápido, precisa saber qual exame realmente é essencial, além de prever as complicações de cada caso.

“Para desempenhar seu papel, o emergencista deve atender desde crianças até idosos, independente do tipo de afecção. Em seu rol de habilidades estão a ressuscitação cardiopulmonar, assegurar via aérea no contexto da emergência e a ultrassonografia à beira-leito”, finaliza Dr. Julio.

Para os médicos que desejam se inteirar na área ou se atualizar, o HCX oferece o Curso de Medicina de Emergência USP da Disciplina de Emergências Clínicas, coordenado pelos Profs. Drs. Rodrigo Antônio Brandão Neto, Julio Marchini, Lucas Oliveira Marino e Heraldo Possolo de Souza. Acesse o site e saiba mais!

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